O mangá denominado “Boruto” percorreu uma complexa trajetória durante a sua fase inicial, especialmente no período pré-timeskip, evidenciando uma notável flutuação entre momentos de destaque exuberante e declínios que, por vezes, tornavam-se notáveis. A narrativa intrínseca a este mangá revelava uma propensão à morosidade, demandando um significativo lapso temporal para galgar uma evolução substancial capaz de prender de maneira eficaz a atenção do leitor atento.
Adicionalmente, no âmbito da produção audiovisual correlata, o anime associado a “Boruto” emergiu como uma obra caracterizada pela preeminência de episódios não-canônicos, os denominados “fillers”, que constituíam cerca de 70% do corpus narrativo, ao passo que apenas 30% desse conteúdo era dedicado à trama canônica. Esta desproporção, não obstante, desempenhou um papel preponderante na perpetuação de uma reputação desfavorável associada ao universo de “Boruto”.
Boruto Two Blue Vortex
A epopeia narrativa engendrada pelo mangá e anime “Boruto” inaugura-se de maneira magistral, desvelando uma cena inaugural de impacto, na qual Boruto, já adulto, se vê envolvido em um embate épico contra um adversário que, em uma reviravolta posterior, se revela ser Kawaki. Este momento inaugural, tão carregado de tensão e intriga, apresenta Boruto na vanguarda, defendendo com denodo a sua vila, imbuído da nobre missão de preservar a integridade de seu progenitor e mentor.
Os fãs, desde o limiar dessa trama, nutriram projeções e especulações sobre a desdobramento desse enredo complexo, o qual, de fato, materializou-se muitos anos após seu prólogo, especificamente no ano de 2023. Este marco temporal assinala o início da segunda fase do mangá de Boruto, uma fase que se revela como uma metamorfose artística e narrativa, lapidando e refinando os elementos que, em sua fase inaugural, poderiam ser considerados altos e baixos.
Neste segundo ato, emerge uma abordagem narrativa mais apurada, na qual as lacunas e eventuais deficiências observadas na fase precursora são meticulosamente abordadas e corrigidas. A atmosfera, outrora permeada por momentos de leveza e comicidade, cede lugar a um universo mais sombrio, impregnado de tristeza e crueldade, conferindo à narrativa uma profundidade emocional notável. O protagonista Boruto, anteriormente retratado como um jovem mimado, efetua uma transmutação notável, convertendo-se em um indivíduo de postura séria e determinada. Sua missão de resgatar familiares e amigos torna-se o epicentro de sua existência, elevando tal objetivo acima de qualquer consideração pessoal, até mesmo de sua própria preservação.
A trama assume contornos ainda mais intrigantes com a ausência de Boruto da vila por um período substancial de três anos. Durante este intervalo temporal, o protagonista se entrega a um intenso e meticuloso regime de treinamento, testemunhando um crescimento exponencial não apenas em termos de habilidades marciais, mas também em maturidade psicológica. Nessa nova fase, Boruto emerge como um ser de força estonteante, adquirida através do treinamento sob a tutela de Sasuke, cujo destino o conduziu a ser selado em uma árvore, acrescentando uma camada adicional de complexidade à narrativa.
A tessitura das tramas nesta segunda fase revela-se meticulosamente construída, cada capítulo desdobrando-se com uma importância singular, cuidadosamente entrelaçando-se uns aos outros. A experiência do leitor é marcada pela ansiedade antecipada a cada novo lançamento, em um testemunho da maestria do enredo e da habilidade do autor em manter o interesse constante.
Embora seja inegável que os entusiastas da obra tenham enfrentado o desafio de uma introdução por vezes protraída, a recompensa manifesta-se na intensidade e maestria da segunda fase, cujas características reverberam com as grandiosidades alcançadas por “Naruto Shippuden”. Esta continuação, intitulada “Boruto Two Blue Vortex”, configura-se como um epítome do potencial transformador das narrativas sequenciais, proporcionando aos apreciadores um mergulho inesquecível em um universo em constante evolução e repleto de nuances.
Mikio Ikemoto e sua contribuição para a criação do mangá Boruto
Mikio Ikemoto é um proeminente mangaká japonês nascido em 8 de novembro de 1976, na cidade de Tóquio. Sua trajetória artística ganhou destaque principalmente pela sua significativa contribuição para o universo de mangás, notadamente através de seu envolvimento no renomado trabalho “Boruto: Naruto Next Generations”.
O início da carreira de Ikemoto está intrinsecamente ligado ao seu papel como assistente de Masashi Kishimoto, o célebre criador da série “Naruto”. Essa colaboração foi crucial para o desenvolvimento de suas habilidades artísticas e para sua imersão no complexo mundo da criação de mangás.
A transição de Ikemoto para um papel mais proeminente ocorreu em 2016, quando assumiu a responsabilidade pela ilustração de “Boruto”. Essa mudança não apenas reflete a confiança depositada em suas habilidades, mas também estabeleceu uma continuidade narrativa vital para os fãs ávidos da série “Naruto”. Ao assumir a autoria do mangá que dá sequência à saga, Mikio Ikemoto não apenas herdou o legado de Kishimoto, mas também trouxe sua própria interpretação artística e narrativa para o universo ninja.
O estilo visual característico de Ikemoto em “Boruto” é uma amalgamação de sua experiência anterior como assistente e sua evolução artística pessoal. Sua habilidade em retratar tanto os elementos tradicionais quanto os contemporâneos da estética ninja destaca-se, proporcionando uma experiência visual envolvente para os leitores.
Além do aspecto visual, Ikemoto desempenha um papel integral na elaboração da trama de “Boruto”. Seu envolvimento na concepção de eventos, personagens e reviravoltas contribui para a complexidade e riqueza narrativa da história. Ao explorar o mundo pós-“Naruto”, o mangaká tece uma trama que vai além da simples continuação, explorando temas de herança, amadurecimento e a dinâmica de uma nova geração de ninjas.
Em suma, Mikio Ikemoto não é apenas um mangaká, mas um artista profundamente enraizado na evolução da saga ninja. Seu trabalho em “Boruto” não apenas mantém viva a chama deixada por “Naruto”, mas também adiciona camadas significativas à narrativa e ao universo que continua a cativar leitores em todo o mundo.
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